Sobre Deb Dorneles
Em meus diferentes momentos de sentir, gosto de recortar a realidade, abrir pequenas janelas para o que vejo, e fechar portas para o que quero deixar lá fora.
Percebo algo muito natural e delicado no que observo, e faço registros desses olhares externos para que reflitam o que se passa internamente.
Há um tempo passando, há vida acontecendo, há uma perecividade de que fugimos, e as fotografias podem nos fazer escapar disso, congelando, protegendo, iludindo. Ou servir de lembretes de nossa mortalidade, interpretando, revelando, expondo, como em um sonho bom ou nem tanto. Gosto de brincar com essas forças e provocar a mim mesma com suas diferentes possibilidades.
Faço imagens para que entretenham-me e não me deixem esquecer. Embelezo a angústia e simplifico a alegria, assim continuo respirando, avançando, sendo.
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